terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PLANEJAMENTO RUMO AO OURO EM LONDRES


O judô é visto pelo Comitê Olímpico Brasileiro como a menina dos olhos ao lado do voleibol para a conquista de medalhas de ouro em Londres 2012. Não sou eu que estou dizendo. A declaração foi feita pelo judoca Leandro Guilheiro em entrevista ao site UOL. Segundo Guilheiro, a projeção é de conquista de quatro medalhas olímpicas em Londres. É bom lembrar que o judô é a única modalidade que desde 1984 traz medalhas olímpicas consecutivas.
Não se faz um medalhista olímpico da noite para o dia. Graças ao trabalho e dedicação de professores e atletas, o Brasil faz parte de um seleto grupo que conquistou várias medalhas olímpicas e para nosso orgulho, dois campeões: Aurélio Miguel e Rogério Sampaio.
Sabedor de todas as dificuldades, a Confederação Brasileira de Judô apresentou um ousado planejamento para aumentar o número de medalhas olímpicas aspirando mais ouro para engrossar esta galeria. Serão investidos aproximadamente R$ 3,5 milhões entre sendo R$ 1 milhão destinados diretamente aos atletas e o restante na participação em competições e treinamentos.
Isso só não basta. Montou-se um comissão técnica respeitada, profissional e de excelência que tem dado todo respaldo aos atletas. Estudo-se a participação dos atletas nos principais eventos que fazem parte do ranqueamento olímpico baseado em resultados alcançados pelos atletas em 2010. Aliás, os resultados são animadores. Foram 34 medalhas de ouro, 28 de prata e 51 de bronze no circuito mundial colocando o país entre as cinco maiores potências do planeta.
Nos bastidores, a Confederação Brasileira de Judô conseguiu arrancar elogios da Federação Internacional de Judô em termos de organização de eventos. Começou com o Grand Slam do Rio de Janeiro, passando pela Copa do Mundo de São Paulo e a etapa do Mundial por equipes em Salvador. E o mais importante. Conseguiu o direito de realizar o Mundial individual no Rio de Janeiro e São Paulo mais o Mundial por Equipes em Salvador antes do ciclo olímpico Rio/2016. Bom para nossos atletas, bom para a massificação da modalidade e para toda comunidade judoísta.
Aliás neste sentido, o judô brasileiro apresentar números de crescimento espantosos com os Projetos Sociais que levam o judô a comunidades carentes que, com certeza, levarão a revelação de novos valores para um futuro a médio e longo prazo. Sem contar com o judô escolar que já é uma grande realidade.
Que os projetos e planejamentos continuem a tornar o Brasil cada vez mais respeitado no cenário mundial. Mas não se pode deixar de planejar este futuro que nasce na formação de novos judocas e acima de tudo não se deixe de lado a verdadeira filosofia do mestre Jigoro Kano de oportunizar o judô a todos e que não se valorize apenas os campeões. Que os simples praticantes também sejam respeitados e que o judô continue sendo um método de educação física, ética e moral. Que todos os judocas ao adentrarem o dojô tenham o prazer de praticar esta arte.

Luiz Aquino
Jornalista e Profº de Judô

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